Eu acho muito engraçado e curioso quando um pai diz - "meu filho (normalmente é menino, apesar d'eu poder me encaixar facilmente aqui) não quer fazer nada além de jogar vídeo-game, nem sair (brincar) com os amigos". Vou explicar o porquê d'eu achar isso engraçado. Primeiro, quem deu o vídeo-game para criança? Ela não trabalha, não tem seu próprio dinheiro, logo não foi ela que comprou. Segundo, quem define ou deveria definir os horários da criança? Acredito eu, na minha ingenuidade de filha, que deveriam ser os pais. Terceiro, quem potencialmente influenciou e até mesmo (muitas vezes) condicionou esse comportamento? Sim, meus queridos pais, vocês ajudaram nisso sim. Deixa eu explicar melhor.
Já vi, muitas vezes, pais tomarem a seguinte atitude (lembrando estou generalizando, sem generalizar - porque quero dar um exemplo genérico, que vale para todos, mesmo sabendo que nem todos irão se encaixar) - o pai ou mãe, está em casa vendo filme, novela, jornal, etc, ou chega do trabalho, ou simplesmente quer ficar a toa olhando a poeira no ar, quando vem o querido filho e começa a "perturbar" o momento de paz e sossego do pai/mãe, o que os pais fazem então? Fala a seguinte frase - "Filho você não tem mais o que fazer não, tipo jogar vídeo-game, sei lá?" - então o filho sai fora, vai jogar vídeo-game, é óbvio que isso já é algo que ele gosta de fazer e talvez nem precisasse disso para ir jogar, mas pensa bem, naquele momento ele/ela não estava jogando, ele/ela estava apenas tentando conversa, pedir ajuda com estudo ou qualquer coisa do tipo para o pai/mãe, mas este não estava a fim de ouvir, se isso acontecesse uma, duas, dez vezes a criança ao poucos vai deixando de querer conversa com o pai/mãe, e este por conseguinte irá reclamar do filho, que só quer jogar vídeo-game.
Gente, eu sei que provavelmente eu estou exagerando nesse exemplo, porque eu sei que a criança não precisa ser ignorada para começar a jogar, mas esse tipo de coisa aumenta a vontade da criança de se isolar no seu jogo, porque se o pai e a mãe, que são os ideais de fidelidade e companheirismo da criança, simplesmente a ignora, ela vai se trancar cada vez mais no seu próprio mundinho de ficção, que o vídeo-game dá.
Também queria lembrar, até mesmo por conta do início do post, não estou dizendo para os pais não darem vídeo-game ou jogos para seus filhos, o que eu estou dizendo aqui é que os pais precisam impor limites, conversando com os filhos e ensinando, até mesmo enquanto o filho/filha joga. Sim, queridos pais, vocês podem interagir com seus filhos, sobre o jogo, sem precisar nem saber jogar, basta sentar perto enquanto o seu filho/filha joga, perguntar do que se trata e acompanhar pelo menos um pouco.
Basicamente o que eu estou dizendo é, parem de usar o vídeo-game, computador, televisão como babá dos seus filhos, tentem interagir mais com eles, sei que a vida tem seus contra tempos e você não poderá estar ao lado do seu filho sempre, mas tente fazer um esforço para quando estiver perto esse momento valha a pena.